domingo, 2 de maio de 2010

Relatoria da Reunião de Planejamento da Regional NE1

Entre os dias 19 a 21 de março de 2010 houve a Reunião Regional de Planejamento na cidade de Jequié-BA. Estiveram presentes 8 CA/DA’s da regional NE1: CASH, DA2, DAM, DAMEFS, CAMED-Jequié, CAMED XIII de Julho-Ilhéus ,DAPS e DA Nise. E o Coletivo Seja Realista: Peça o Impossível da UFS. Totalizando a presença de 9 escolas médicas.

Após os informes houve uma discussão sobre a Greve em Jequié. Em seguida começou o Planejamento da Regional até o final do dia. O planejamento foi dividido em duas partes: 1-discussão com todo o grupo sobre a frente organizacional, 2- quais seriam as particularidades principais da regional para 2010. Sendo escolhidas duas frentes. Em seguida foi dividido em dois grupos que discutiram cada grupo uma frente formulando nós - críticos, operações, ações e imagens-objetivos. Após o término das frentes foi iniciado a discussão do EREM. Ficou decidido que o EREM será sediado pelo CAMED XIII de julho- Ilhéus, nos dias 3, 4,5 e 6 de junho de 2010. Mandaremos outro e-mail falando especificamente do EREM com as propostas de programação já discutidas.

Informes:

No momento dos informes não estavam presentes o DAPS e o DA NISE.

Alagoas:

CASH-
O CASH teve um começo de ano movimentado por causa do movimento de criminalização sofrido pelos alunos da UFAL pela Reitoria. A causa dessa perseguição da reitoria vem desde o REUNI, quando alguns alunos se manifestaram contra o processo de reforma universitária, e a reitora não soube dialogar com quem se posicionava contrário às suas decisões, partindo para a opressão das diversas formas chegando ate a agredir alguns alunos através da sua segurança particular. Em 2010 o movimento contra a criminalização do movimento estudantil está sendo muito forte na UFAL, alguns professores conhecido nacionalmente como o Sérgio Lessa e o Ivo Tonet elaboraram um manifesto contra a criminalização dos movimentos sociais, e os alunos se uniram e estão fazendo campanhas com cartazes, faixas, panfletos, etc.
Outro ponto de discussão no CASH é sobre as OSS. Através do Fórum em Defesa do SUS membro do centro acadêmico estão debatendo a atuando contra a privatização da saúde no estado de Alagoas, houve uma assembléia na Câmara de Deputados que deu uma repercussão muito boa no estado, alertando as pessoas dos efeitos perigosos que possuem as OSS.
O Projeto da Quinta Acadêmica que começou ano passado junto com o DA2 de maio continuará acontecendo em 2010, trazendo sempre a discussão de um tema político e outro científico. Foi falado também da semana dos calouros da UFAL, que trouxe uma repercussão muito boa dentro do curso, trazendo os alunos para as reuniões do centro acadêmico.
Houve ainda a eleição para diretor do HU, em que o CASH levantou o boicote a única chapa candidata, por acreditar que os posicionamentos do candidato ao diretor geral do HU não levavam em consideração o ensino, pesquisa e extensão. O resultado foi 80% de votos nulos nas urnas dos alunos, mostrando a total desconfiança e insatisfação dos alunos com o diretor.

DA2-
Haverá eleições no DA2 de maio daqui a aproximadamente um mês. Foi falado da dificuldade de mandar delegados do DA2 para o COBREM.
Houve troca de reitoria no final do ano passado, a reitoria atual tem uma boa relação com o DA2, se mostrando acessível e com interesse de construir o movimento. Pautas semelhantes com o CASH como as luta contra as OSS.

Sergipe:

Coletivo Seja Realista: Peça o Impossível-
A construção do EREM em 2009 foi muito difícil por ter muitos calouros participando da construção, porém houve muita mobilização que foi muito válido e trouxe bons frutos para o movimento estudantil da UFS. O Coletivo está se reunindo sempre, se capacitando, discutindo políticas médicas e gerais. O planejamento do Coletivo foi feito nessa semana, com um objetivo de melhorar a discussão e trazer os calouros para as discussões médicas. Houve o 1° Encontrão dos Calouros de Sergipe (UFS e UNIT), muito proveitoso levando as discussões aos calouros.
A Questão do curso de medicina de Lagarto, que não possui infra-estrutura alguma, e lembra que o curso da UFS não passou por transformação curricular, não há um entendimento nem entre os Coordenadores de Departamento, ou seja, não há planejamento coeso de transformação curricular.
Discussão de cotas na UFS, sendo colocados 50% de início, após o vestibular as escolas particulares de Aracaju se mobilizaram contra as cotas, há processos dos estudantes que não entraram por causa das cotas para que sejam matriculados na universidade.

Bahia:

DAMEFS-
A recepção na entrada do meio do na o passado foi muito boa segundo a Karen, com discussões de políticas-médicas, houve vivencia no MST. A vivência contribui para a mudança de opinião de muitas pessoas. Discussão sobre indústria farmacêutica com o Leonam que foi muito boa, discussão sobre a greve da UEFS. Fala da desmobilização no DAMEFS, atrapalhando a dinâmica do grupo, tentando fazer o estágio de vivência do SUS, mas houve desmobilização.
Não houve vivência agora no início do ano ficando para as férias do próximo semestre. O DAMEFS pensa em fazer a mobilização com os calouros para trazer o pessoal a participar de discussões política e também trazer o pessoal pro DAMEFS. Houve no DAMEFS a discussão sobre ato médico e também a discussão do ato com os outros cursos de saúde houve diversas opiniões sobre o ato médico. Tentativa de fazer uma mesa para discutir o ato médico, pessoal de enfermagem da UEFS mobilizou outra mesa na semana de calouros da enfermagem. Eleição do colegiado próximo semestre tem duas pessoas do DA na junta eleitoral, já começaram as campanhas da eleição. Debate das chapas, o DAMEFS não tem posicionamento em relação às chapas. Lívia fala que o DA está desmobilizado, diversos motivos não aconteceu às eleições, gestão temporária levando a uma desmobilização. Falam que a greve foi um momento interessante, muitas pessoas que não se interessam pelas discussões começaram a participar do movimento da greve e do DAMEFS. Bira diz que o DA está desmobilizado, mas se reconstruindo, falou que a reitoria é contra o governo do estado e apóia o movimento estudantil. .

DAM-
Rafael fala que em Conquista o principal ponto está sendo a mobilização do DAM, diz que a eleição do ano passado só tinha poucas pessoas, falou do congresso do DAM que foi muito bom, que deu um bom resultado. E diz que tem 95% de chances de ir pro EREM. Fala ainda que conseguiram uma sala maior para o DAM, vários instrumentos para o DAM como mesas e impressoras. Fala que poucas pessoas estão ativas no movimento do DAM, mas que está esperançoso esse ano.
Conta sobre as eleições do colegiado que está sendo conturbada, e que algumas pessoas como professores chegaram até a colocar como proposta de aluno nem pode votar na eleição. Foi conseguido um avanço muito bom pelo DAM, que ficou sendo o peso para eleição de 3 alunos para 1 professor. Conta que ontem (18) houve debate das chapas, plenária cheia principalmente por alunos. O DAM debateu a participação dos alunos no colegiado, outro ponto no debate foi à discussão das matérias do curso, pois estão sem integração. Faltam professores para o curso. Professores que na vão dar aula. Questão do ambulatório que começou a funcionar em 2009, que está funcionando corretamente. E melhorando a qualidade de ensino. Boa participação dos calouros no DAM.
Questão das cotas para estudantes com deficiência física sendo discutidas no colegiado do curso. Eleições para reitor, uma das chapas entrou com um processo e conseguiu adiar as eleições para reitor da UESB.

UESC-CAMED XIII de Julho
Há um problema de desmobilização histórico no CA, fala que o CA foi formado no início do curso, e que o colegiado ilude os alunos gerando uma desmobilização dos alunos do Ca. Há muitos problemas de avaliação no curso, há um banco de dados de provas do curso da UESC, o Ramon fala que o aluno eles não tem acesso as provas por causa disso. Os alunos só vêem, mas não tem direito a ficar com a prova. Fala do processo de revisão de provas que gerou muito problema. Eleição de 3 estudantes no departamento para tentar através do departamento modificar o colegiado, criando um regimento para o próprio curso. A coordenadora de curso é conhecida como a MADAME DE FERRO, diz ainda que as faltas justificadas não tem direito a ter uma outra avaliação como por exemplo o tutorial. O Guto fala da dificuldade ao acesso a provas!! E da falta de horários para pode ver as provas. O Ramon fala que choca o horário reservado para as turmas com o horário das atividades obrigatória. Toni confirma a dificuldade de acesso. Ramon fala da semana de recepção dos calouros foi muito boa, e produtiva, e que ele não lembrava uma semana tão produtiva. Fala que houve uma boa resposta dos calouros ao centro acadêmico. Fala que tem 4 calouros na chapa para a próxima gestão.Guto fala da questão pedagógica, fala que a coordenação é muito boa, fala dos problemas de habilidade que foi modificada e empurrada para os alunos.
Ramon fala que a coordenadora diz que os estudantes não podem participar da construção do modelo pedagógico.
Falam da importância de sediar o EREM para o movimento estudantil da UESC.

CAMED-Jequié- Para os informes/greve de Jequié preferimos colocar esse texto da Cayane que explica muito bem a situação.

Muita coisa aconteceu desde a Semana de Calouros. A situação que todos nós encontramos, no início das aulas propriamente dito, não foi nada satisfatória. Velhos problemas da UESB estouraram como uma bomba sobre o nosso curso nessas últimas semanas (para os demais cursos também, mas o nosso, por ser um curso novo, sofre ainda mais). Encontramos uma situação que, desde o semestre passado já tínhamos uma noção, mas ainda não fazíamos idéia do tamanho do problema.
O nosso curso hoje enfrenta problemas que nós, resumidamente, consideramos como a ausência de uma infra-estrutura básica para o curso funcionar com o mínimo de qualidade. Podemos citar: ausência de salas de aula (hoje a UESB conta com um déficit de 6 salas de aula); ausência de professores próprios para o curso (atualmente temos alguns professores alocados da casa, de excelente qualidade, mas que não foram capacitados para trabalhar com o nosso método de ensino – o Currículo Integrado); laboratórios mal equipados (incapazes de atenderem às nossas práticas, uma vez que não construíram nosso laboratório inicial próprio – o de Morfo-Funcional – e os já existentes, que são dos outros cursos, estão com sérias deficiências); ausência de livros diversificados e em quantidade satisfatória (a maioria dos cursos deste campus utiliza quase os mesmos livros básicos, pois são da área de saúde); e, desde já, estamos batalhando por um Hospital Universitário (já fomos informados por discentes de outros cursos e, principalmente, por docentes médicos atuantes que o Hospital Geral Prado Valadares não teria a menor condição de atender às nossas necessidades. Existe uma possibilidade de criação de uma Santa Casa em Jequié, e nós estamos fazendo votos de que isso realmente ocorra e que tenhamos um convênio com a mesma).
O curso de Medicina, todos dizem, foi uma luta árdua da cidade e a atuação política, para a vinda deste curso, foi intensa. Por este histórico, após reuniões de Assembléias Gerais, nós partimos para a luta. Começamos a questionar, ir atrás de instâncias administrativas da UESB (Colegiado, Departamentos, Reitoria) e também a ultrapassar os limites da universidade: fomos até as ruas em passeata; em rádios FM e AM; participamos de uma Audiência Pública na Câmera de Vereadores da cidade, onde conseguimos marcar a nossa própria Audiência (até então, será dia 10/04, pela noite, mas estamos tentando modificar esse dia e horário, pois fica inviável), neste mesmo dia, entramos em contato com uma Defensora Pública, que irá nos receber dia 01/04 e fomos fotografados e entrevistamos por blogs da cidade. Estamos ainda buscando contato e aproximação com diversos políticos (vereadores, dep. estaduais e federais), pois aqui na cidade muitos deles se diziam "pai do curso de Medicina"; como disse nosso colega Filipe Furtado "Medicina tem pai, mas não tem quem crie" (a frase acabou fazendo parte do movimento).
É triste quando escutamos algumas falas: "eu já sabia" – muitos discentes e docentes daqui foram contra a instalação do curso, uns por motivos particulares, mas outros porque sabiam da deficiente estrutura da universidade; ou outra ainda pior "1ª turma é assim mesmo, sempre sofre, sempre enfrenta dificuldades" – segue um raciocínio deprimente: primeiro trás o curso, depois a infra-estrutura devida. Pensamos que não queremos, lá na frente, enfrentar problemas técnicos ou éticos, pois fomos da 1ª turma. Vale ressaltar, que os calouros, hoje 2ª turma, apóiam fortemente o movimento... Esse é um movimento de Medicina, não só da gente da 2ª turma; eles estão engajados na luta e sabem que não brigamos só pelo nosso hoje, mas pelo amanhã de todos.
O movimento ganha força na cidade e na universidade. O Reitor tem tentando demonstrar que não é bem assim, que tudo que podia ser feito já foi feito, etc. A luta, entretanto, não pára. Sabemos da força deste ano, pois é ano eleitoral no país e na universidade, e nós não vamos compactuar com os erros e problemas da universidade. Não é por que o quadro já está posto que vamos nos calar; muito pelo contrário, queremos usar a nossa força estudantil para conseguir condições mínimas para que o nosso curso funcione. Temos ainda participado de reuniões do sindicato dos professores e de departamentos da UESB; está agendada uma reunião no Conselho Comunitário de Jequié; e alguns discentes foram até Vitória da Conquista expor lá a nossa situação, a fim de buscar apoio e, talvez, algumas respostas.
Em reunião do CEB (Cons. de Entidades de Base), (11/03), expusemos a nossa situação para os outros CAs e pedimos apoio, já que muitos dos nossos problemas são deles também. Informamos ainda que, a partir de segunda-feira (15/03) entraremos em greve. O resultado foi bastante animador. Conseguimos, desde já, apoio moral, mas eles terão 1 semana para reunir com suas bases e decidirem se esse apoio poderá se tornar ampliação da nossa greve ou não.
Talvez muita coisa não tenha sido dita aqui, pois são muitas as nossas movimentações desde então. O principal, com certeza, está registrado: estamos enfrentando sérios problemas de infra-estrutura e, possivelmente, até administrativos. O semestre começou tem 3 semanas, mas a situação é tanta que, como já foi dito, estamos dispostos a levar essa greve a partir de segunda-feira (15/03). Um ponto importante a salientar é que não estamos levantando bandeira contra ninguém; não estamos buscando culpados, mas sim soluções urgentes para as nossas necessidades básicas.
Com certeza, este "texto" está apenas começando, mas esperamos, ao menos, trazer notícias mais animadoras nos próximos repasses. Contamos com o apoio de todos!

Há braços,

Coordenação Regional NE1 DENEM/2010

Nenhum comentário:

Postar um comentário